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História da Astrologia



Onde tudo começou…


Vamos voltar bastante no tempo e imaginar o tempo das cavernas, há mais de 25 mil anos: o homem proto-histórico, aquele que caçava, plantava algumas coisas e dormia. Nas horas vagas, certamente ele olhava para o céu, que devia ser maravilhoso naquela época!


Origem da palavra


“Astro” significa planeta, e “Logos” significa conhecimento, assim conseguimos entender que a Astrologia é o conhecimento do céu, dos planetas e das estrelas.

Existem algumas descobertas que datam de cerca de 11 mil anos antes de Cristo, como pedras, lascas de madeiras e inscrições rupestres – aquelas encontradas nas paredes das cavernas –, que demonstram que o homem, nessa época, já observava o Sol, a Lua, as estrelas e os planetas – chamados estrelas errantes, por estarem em movimento, em contraste com as outras estrelas, que são fixas.


A Astrologia começa a tomar forma, de fato, a partir de 5000 a 4000 a.C., numa região que passou a ser denominada Mesopotâmia e considerada o berço da Astrologia: englobava a Suméria, a Síria e alguns povos como os Babilônios, Caldeus e Assírios. Esses povos já anotavam os conhecimentos astrológicos de forma sistemática, fazendo relações com os eventos terrestres.


Finalidade da Astrologia para os Antigos


A principal causa do avanço da Astrologia naquela época era com fins políticos e religiosos, mas, principalmente, com a finalidade de entender e lidar com a agricultura e com a navegação. Era bastante praticada por sacerdotes; eles faziam relatórios dos movimentos celestes e enviavam para os Reis, que detinham o poder.


A astrologia nasceu com o cunho preditivo, e não com o objetivo de entender o homem; isso vai acontecendo com o decorrer do tempo. Ela surge para prever o que vai acontecer e calcular, por exemplo, como melhorar as plantações, os melhores dias para assumir o poder de um determinado local, que dias seria interessante fazer uma viagem do Egito, para a Síria.


As raças nômades de vaqueiros que lidavam com o gado davam grande ênfase para a observação dos ciclos da Lua, por conta da procriação; já as raças mais agrícolas davam mais atenção à movimentação do Sol, por causa dos ciclos da natureza e a relação com as estações do ano – o Sol é doador de vida.


Observação


Por mais de vinte mil anos, a astrologia foi baseada apenas nos astros que podiam ser vistos a olho nu: Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua.


Período helenístico


O pensamento grego helenista é muito filosófico e busca entender o porquê das coisas.


O período helenístico vai de, mais ou menos, 350 a.C. até aproximadamente o século 2 ou 3 d.C., e o movimento cultural promovido por Alexandre continuou mesmo após sua morte.


Curiosidades


• Durante milênios, a Astrologia e a astronomia caminharam juntas. Elas se separaram perto do século XVII, por causa do início do pensamento cartesiano, na idade moderna.
• Há indícios encontrados, em torno de 26000 a.C., de que o homem já percebia a importância da observação celeste.
• Por muito tempo, a Astrologia foi privilégio dos soberanos, das pessoas que tinham poder: os Reis, os sábios e a aristocracia vigente na época. Somente perto de 250 a.C. a Astrologia começou a ser utilizada por outros indivíduos comuns, desde que eles pudessem custear um astrólogo, que normalmente era um sábio. A Astrologia era ensinada junto com a matemática, a filosofia e as curas.
• A primeira carta astrológica surge no dia 27 de abril de 410 a.C., na região da Babilônia. Nela, já estão registradas informações como o horário de nascimento da pessoa, os signos e o posicionamentos dos planetas; só não aparecem ainda os graus em que os planetas estavam dentro do signo.
• Nessa mesma época de Alexandre, entre 300 e 200 a.C., surgem também as teorias dos Elementos e dos Temperamentos, que são os humores.
• Uma Carta Astrológica datada de 4 de abril de 263 a.C. já possui a informação referente aos graus dos planetas nos signos. Segue um trechinho da observação celeste daquela época:


Júpiter em 28o de Sagitário - o lugar de Júpiter significa que a sua vida será regular, boa; poderá ser bem rico, com dias numerosos.
• Surge também, no primeiro século depois de Cristo, a Astrologia Horoscópica, que é relacionada diretamente com a noção de Ascendente.

Polaridades


A polaridade positiva tem a ver com a expansão, e a polaridade negativa, por sua vez, tem a ver com a retração, com a introspecção.


Princípio da Causa e Efeito


“Tudo o que está em cima é como o que está embaixo, tudo o que está embaixo é como o que está em cima"


Curiosidades


• O termo Zodíaco surgiu perto do século V a.C. Sua origem é de uma palavra grega que significa "círculo de bestas", referindo-se à trajetória que o Sol fazia, naquela época, passando por cada constelação.
• Ainda antes do início da Era Cristã, as civilizações antigas definiram o perfil de cada signo, baseados principalmente nas peculiaridades das estações do ano, como, por exemplo, Áries, início da primavera e Libra, o início do Outono.
Os signos foram determinados pela observação do que acontecia na Natureza na época em que o Sol passava pelo signo em questão, mas também levando em consideração outras influências, como a observação do temperamento das pessoas nascidas naquele período.
Os doze conjuntos de estrelas que representam hoje os signos foram padronizados ainda na antiguidade, na Babilônia, e tiveram influência da mitologia não só dos gregos e babilônios, mas também do povo egípcio e do povo romano, como pode-se perceber pela associação dos deuses romanos aos planetas.

A Igreja e a Astrologia


De uma forma geral, a Igreja Católica sempre foi contra a Astrologia, mas existiram muitos padres astrólogos e, inclusive, há vários documentos no vaticano de cunho astrológico muito importantes. A Astrologia e a Igreja até tiveram momentos de ruptura, mas eu posso garantir para você que existe muita astrologia dentro da Igreja.


Na época de 323 d.C., com o Cristianismo se tornando a religião oficial do Estado, Constantino, que era o papa da época, passou a considerar a Astrologia e a Magia como divinatórias, considerá-las pagãs, e por isso seus praticantes poderiam ser condenados à morte. É possível dizer que essa proibição não surtiu o efeito desejado, porque a Astrologia continuou crescendo mesmo nessa época.

Inquisição


A igreja ainda condenava, de forma até mais ferrenha, o determinismo astrológico; para fugir dessa perseguição, os astrólogos cunharam a seguinte frase:


"Os astros inclinam, mas não determinam."


Na Idade Média, a Astrologia era tão importante que era ensinada nas escolas de Medicina: os princípios de Temperamentos eram uma grande ferramenta para a cura.


Esse foi o período em que viveu Guido Bonatti, famoso astrólogo medieval.


Aproximadamente em 1290 d.C., ele escreve um tratado chamado Liber Astronomiae, uma enciclopédia que organizava todo o conhecimento desenvolvido até então.


ASPECTOS PLANETÁRIOS

Kepler considerava muito importantes os aspectos que os planetas formam. Aspecto é uma palavra derivada do latim “aspectare”, que significa “enxergar”.


Planetas modernos ou geracionais


Em 1781, com o auxílio de equipamentos modernos de observação celeste, Urano foi descoberto. Este novo planeta foi integrado aos poucos aos saberes tanto astronômicos quanto Astrológicos e colocam ele como co-regente de Aquário, sendo que esse signo já tinha como regente o planeta Saturno.


Regências de Saturno


Aquário é um signo diurno, de polaridade masculina, e Capricórnio, um signo noturno de polaridade feminina, de polaridade yin.


O planeta Saturno possui uma face de regência em Capricórnio e outra em Aquário, agindo de formas diferentes em cada um dos signos.


Perto de 1846, é descoberto Netuno, que após seu período de adaptação aos conhecimentos, e é colocado como co-regente de Peixes, que era regido apenas por Júpiter até então. Em 1930, época de guerras aqui no planeta Terra, Plutão foi descoberto e, aos poucos, incorporado como co-regente de Escorpião, junto com Marte.


Sistema Placidus


Aproximadamente entre 1603 e 1668, existiu um astrólogo muito importante chamado Plácido de Tito, que criou um sistema de divisão de casas astrológicas que é muito utilizado hoje em dia: o sistema Placidus.


O Fim das Universidades de Astrologia

Perto do fim de 1770, a Astrologia começou a entrar em declínio e foi o último ano da cadeira de Astrologia na Universidade de Salamanca.

Século XX


A Lógica Cartesiana foi um fator muito importante para o declínio da Astrologia, pois a partir desse sistema, tudo tinha que ter uma explicação e comprovação científicas. Ocorre a separação definitiva da Astrologia e da astronomia, deixando o pensamento astrológico desacreditado.


Outro fator significativo para essa queda foi quando, nos séculos XVIII e XIX, a Astrologia passou a ser popularizada a partir de almanaques com conhecimentos e conceitos errôneos; isso acabou sendo uma causa do desprestígio da Astrologia na época.


Por volta do final do século XIX e início do século XX, surge um astrólogo muito famoso chamado Alan Leo, que ingressou na sociedade teosófica da Madame Blavatsky e foi um grande entusiasta da Astrologia. Alan Leo descreve grande importância ao Signo Solar, que até então não recebia atenção. Ele foi o precursor das famosas colunas astrológicas nos jornais e revistas que começaram a surgir nessa época.


Alan Leo fundou, em Londres, a famosa Loja Astrológica e, em mais ou menos 1948, depois que ele já tinha morrido, surge a Faculty of Astrological Studies, a primeira faculdade voltada aos estudos astrológicos na época moderna.


Carl Gustav Jung


Jung foi um grande psiquiatra e pesquisador, criador da psicologia analítica; ele traz uma grande pesquisa de Análise Simbólica dentro do estudo da psique humana. Dentre seus conhecimentos simbólicos, Jung utilizou o I-Ching, um oráculo chinês, o Tarot e se tornou um estudioso da Astrologia. Ele principia uma tendência a observação psicológica por trás dos Temperamentos e dos posicionamentos do Mapa Astrológico.


Jung e a Astrologia Humanista


Jung dizia que a Astrologia representa a soma de todo o conhecimento psicológico da humanidade, e inicia uma Astrologia chamada Humanista.

Período Pós-Moderno e Astrologia


Contemporânea


Na década de 90, surge um movimento com uma tendência mais clássica, uma releitura das obras do inglês William Lilly e de Ptolomeu, trazendo de volta a sabedoria da Astrologia Tradicional e Clássica para a Astrologia Moderna.


Hoje em dia, muitos astrólogos ainda seguem a Astrologia Clássica e Medieval e são muito ferrenhos em relação a isso; outros astrólogos utilizam da sabedoria que o passado nos traz e mesclam com o conhecimento moderno mais humanista e psicológico, utilizando-se também da Astrologia Esotérica e Kármica.


O movimento esotérico da época dos anos 70, 80 e 90, ganhou grande popularidade nos dias de hoje e tem destaque nas redes sociais, divulgando o conhecimento astrológico sob viés mais humanista e trazendo a capacidade de aprender com a ancestralidade e o passado, apenas fazendo uma seleção do que pode ser utilizado do conhecimento antigo e mantendo a visão aberta ao novo, integrando todos os conhecimentos e evoluindo o saber astrológico.

Lua Crescente
Lua Minguante
Lua Cheia
Lua Nova
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